terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tive um sonho hoje. Sonhei que acordava e ia trabalhar. Exatamente nessa ordem de acontecimentos.

No trabalho ao parar para pensar notei que não lembrava de "ter ido" trabalhar, eu lembrava que todo dia pegava o trem e depois o metrô e então chegava ao trabalho.

E nesse dia em especial, no sonho, não lembrava do trajeto até o trabalho. Então afirmei que havia algo errado, eu não podia sumir de casa e aparecer no trabalho. Não foi preciso muito "tempo" para notar que aquilo era um sonho. (vide 'sonho lúcido' onde no sonho, você fica ciente de que está nele).

Após esse fato acordei, e voltei a dormir.

Na manhã seguinte lembrando do sonho me veio apenas uma angústia.
O sonho era incrívelmente real, assim como a realidade, mas o que me deixou angustiado foi minha sensação no mundo real.

Analisando com calma depois de acordado pensei que no sonho eu estava ciente de que aquilo era um sonho, eu sabia de onde ele vinha (de mim) e para onde eu ia quando acabasse (acordar), sabia do que eu era feito (estímulos nervosos no meu cérebro dormindo), eu tinha respostas, respostas que nenhum de nós temos quando acordados.
Não sabemos de onde viemos, como viemos, para onde vamos e se vamos para algum lugar. Não sabemos de que somos feitos e nem se o que vemos é realmente o que é real.

Depois de pensar isso, coloquei minha coleira social e fui trabalhar.
Pensamentos afundaram na rotina então...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O niilismo da vida é o que a torna mais interessante.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

A beleza na loucura

"Pretendeis misturar o fogo com a água, pois a Loucura e a Prudência não são menos opostas que esses dois elementos contrários. — Não obstante sentir-me-ei lisonjeada por vos convencer disso, desde que continueis a prestar-me vossa gentil atenção.
Se a prudência consiste no uso comedido das coisas, eu desejaria saber qual dos dois merece mais ser honrado com o título de prudente: o sábio que, parte por modéstia, parte por medo, nada realiza, ou o louco, que nem o pudor (pois não o conhece) nem o perigo (porque
não o vê) podem demover de qualquer empreendimento.
O sábio absorve-se no estudo dos autores antigos; mas, que proveito tira ele dessa constante leitura? Raros conceitos espirituosos, alguns pensamentos requintados, algumas simples puerilidades — eis todo o fruto de sua fadiga. O louco, ao contrário, tomando a iniciativa de tudo, arrostando todos os perigos, parece-me alcançar a verdadeira prudência. "
Elogio a loucura - Erasmo de Roterdan